Um levantamento de realidades e comportamentos que você precisa saber para poder agir e, agir rápido.
O presidente dos Estados Unidos da América, Donal´d Trump, saindo do seu resort de luxo, disse: “até 1 de abril estaremos salvos”. Talvez ele nem saiba, mas mencionou bem o dia em que no Brasil comemoramos o dia da mentira. Seria cabalístico esta data, parceiros? Seguimos em quarentena.
Primeiro gostaria de esclarecer que este post tem o objetivo de mostrar que não existe momento de pânico e muito menos de te deixar para baixo. Queremos te ajudar a olhar em outra perspectiva.
Que tal começarmos reenquadrando o cenário?
Partindo do ponto que sabemos que todos (e quando digo todos me refiro ao mundo inteiro) estão na mesma página ou no mesmo barco, entramos na zona de conforto. Mas é aí, quando a maioria vai pelo senso comum e se sente confortável, que encontramos as melhores oportunidades de fazer diferente.
Talvez apertar o botão de reiniciar porque você percebeu que é necessário alguns (ou muitos) ajustes no negócio que você se empenhou a fazer pode ser uma boa opção. Repense, reajuste e reorganize suas estratégias.
Esta é a sua hora! Se empenhe em perceber as coisas boas que estavam ao redor o tempo todo, mas que, somente essa lente de contato chamada SAIR DA ZONA DE CONFORTO, nos faz enxergar.
Você tem acompanhado o tanto de ações pelo mundo a fora de compaixão e solidariedade com vítimas deste vírus? E com pessoas da classe de risco? Isso é o que nos moverá daqui para frente.
Listamos três pontos importantes que acreditamos ter ainda mais relevância nas próximas semanas e ainda mais força quando tudo isso acabar.
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O poder do digital
Acreditem! Parece mentira, mas não é. Muitos negócios estão descobrindo que essa realidade não viria em pouco tempo e tão rápido.
Walter Longo em seu livro “Fim da Idade Média, Início da Idade Mídia” de 2019, relata que um Tsunami quando chega, ele não simplesmente acontece, mas vem mostrando diversos sinais que sua chegada está próxima, sendo assim, os que são especialistas em previsão do tempo, conseguem não só perceber as mudanças climáticas, como também alertar todos que estão a sua volta e até salvar vidas.
Então para quem deu ouvidos aos gestores de tendência, percebeu que o digital iria ser a nova vida das pessoas, que nada iria sobreviver mais sem o online. Pois bem, temos visto que o único remédio diante desta pandemia que está segurando a saúde de muitos negócios mundo a fora é quem tem sua operação com participação ativa no digital.
“É importante que essa estratégia de omnicanalidade (Nome dado para a prática dos comércios varejistas terem diversos canais em um só para a venda de produtos. O famoso clique e retire ou compre presencialmente e receba em casa.), passe pelas redes e pelas franqueadoras, para que esse movimento possa impactar positivamente todas as frentes”, disse o Vicente Avellar, COO da brMalls, grupo que junto com a Multiplan investiu na startup de entregas Delivery Center mais de 69 milhões de reais com a estimativa de poder acompanhar esta grande mudança no mercado de consumo dentro dos shoppings center.
Alguns apontamentos em diversos meios publicados até aqui revelam algumas certezas:
- O digital engoliu mercados que ainda não estavam se promovendo;
- O conceito de comunidade e bairro tem aumentado e dado força aos pequenos comerciantes;
- Empresas e marcas com posicionamento ligado a ação social ganham força;
- A rede social e o conteúdo disseminado lá são reis;
- Nunca a informação relevante foi tão importante;
- O compartilhar tomou uma nova força;
- As compras estão mais do que nunca a um clique de distância;
- Os bens de consumo crescem a cada dia;
- A presença online é essencial para sobreviver;
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Mexa-se e rápido
Nem as empresas ditadoras e pesquisadoras de tendências poderiam prever isso. Ou antecipar uma tomada de decisão mediante a um cenário como o que estamos vivendo. O planeta todo sofre de um vírus que é ainda maior que o covid-19: a necessidade de se reinventar e perceber o que está acontecendo a sua volta.
As empresas e marcas que se movimentarem rápido e ajustarem seus negócios para o novo formato e estilo de vida que vem por aí serão as que ficarão vivas durante essa fase e mais fortes depois que tudo isso passar.
Já estão citando que vem aí a “Gestão DC” – Gestão Depois do Coronavírus.
Dentro deste ponto também extraímos alguns assuntos que precisamos não só pensar, mas já listar as ações mediante a este novo cenário e comportamento. Desafiamos você a pegar cada ponto deste e pensar no dia a dia da sua empresa e quais impactos isso terá.
A. As empresas e funcionários perceberão de verdade o que é o home office e isso mudará a relação deles com o transporte até a empresa, a alimentação diária e o quanto podem ser eficientes em poucas horas dedicadas à sua rotina por dia.
B. As organizações darão mais autonomia para seus funcionários e a horizontalização será ainda mais forte. Cursos de preparação para novos desafios, gestão do tempo e gestão de projetos são uma realidade em todos os níveis e modelos adotados desde suas concepções por empresas como Spotify, Netflix, Google, Facebook, Nubank e Luiza Labs que, com certeza, serão copiadas de forma mais complacente.
C. Apresentar inovações vindas de novos apps não será mais exclusividade dos filhos. Os pais agora terão ainda mais tempo de conviver com os smartphones e isso transformará a relação com os aparelhos e suas infinitas possibilidades. Os filhos terão ainda mais compatibilidade com as gerações anteriores neste quesito.
D. Todo mundo está se dando conta que muita informação cansa. Então todos, sem exceção, ficarão ainda mais seletivos na hora de parar para ver ou ouvir um conteúdo. Mais uma vez vemos a tendência dos podcasts ser uma grande aposta.
E. Os ecossistemas vão perceber o quanto cada parte faz sentido no processo como um todo, as relações entre empresas parceiros e clientes ficará ainda mais próximo, então qualquer ruído na comunicação pode causar um grande problema para o negócio.
F. Todos serão parte da mesma transformação do mercado, então é importante estar atendo a cada manobra e comportamento do seu nicho. Diferente da frase, “não sei o porque está assim, quando cheguei sempre foi desta forma” (zona de conforto), agora você está nesta história e poderá ser parte da transformação. Não fique, de maneira alguma, de fora disso.
Importante lembrar que cada “problema” ou “crise” na verdade pode ser enxergado como uma nova oportunidade de gerar riqueza. A máxima de que enquanto uns choram outros vendem lenço, continuará valendo.
Lembrando que não se deve aproveitar as dificuldades das pessoas para ganhar dinheiro, mas entender que o mercado irá mudar e os comportamentos também. Precisamos preparar as operações para continuar acontecendo depois que tudo isso acabar.
3. Cuide da sua saúde mental e do seu time. Seja estratégico.
O governo está falando de 800 bilhões de reais somados a todas as ações que estão sendo feitas para não sofrermos tanto na economia, então ficar maluco sob a pressão de que não haverá mais mercado é um esforço desnecessário. Na crise o dinheiro só muda de mãos, mas ele continua circulando. Basta você se reposicionar e entender o movimento do mercado para continuar fazendo parte dele.
Compartilhar com todos os envolvidos, mesmo que seja notícias ruins, é ainda melhor do que não falar nada, deixando a criatividade macabra humana tomar conta de todos e isso influenciar a entrega do trabalho final.
Monte uma equipe de contingência e de guerra. Unidos e agindo de forma estratégica fará com que todos fiquem vivos e ainda mais fortes.
De verdade eleja alguém na equipe para ir pesquisando dentro do seu nicho como estão sondando os pensamentos dos seus consumidores, como andam as novas rotinas e os planos para o futuro não tão distante.
Isso trará insumo para novas discussões e tomadas de decisão, ter um pouco de dados te fará ficar mais próximo da realidade e conseguir ver com clareza a real situação. Tenha a calma sempre e não tome decisões precipitadas.
Crie cenários distintos e defina com o time como seriam as reações da sua empresa frente aos diferentes níveis de impacto. Com a redução da rotina e desaceleração do mundo, com certeza todos terão tempo para fazer uma conferência via Skype ou zoom para resolver estas questões.
Conclusão: Termino aqui dizendo que esta crise é mais uma oportunidade de não nos olharmos dentro do mercado como competidores, mas sim como cooperadores. Entenda o seu papel e enxergue como você pode se tornar mais relevante no resultado de fazer todos saírem deste grande pesadelo.
Grande Abraço, parceiro!